ESPACIALIZAÇÃO DAS INDÚSTRIAS NO BRASIL

Região Norte

É a região menos desenvolvida industrialmente. Possui atividades econômicas de base primária como extrativismo, a pecuária e a agricultura.

Destaca-se apenas as indústrias de extração mineral, de metalurgia e os produtos eletroeletrônicos da Zona franca de Manaus.

As maiores transformações industriais se deu a partir da extração mineral em Carajás e Oriximiná, da usina hidrelétrica de Tucurui e a instalação do complexo metalúrgico do alumínio nas proximidades de Belém.

Região Nordeste

      A industrialização nordestina está diretamente ligada à criação da SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) em 1959. Foi uma iniciativa do governo federal a partir de desenvolvimento, de infra-estrutura e de incentivos para atrair capitais privados para a região.

A implantação na bacia do rio São Francisco de um setor hidrelétrico de porte e a presença de mão-de-obra barata ajudaram a atrair investidores.

   Na Bahia a política de intervenção do Estado levou a criação do pólo petroquímico de Camaçari, onde se localiza a refinaria Lanulfo Alves e o distrito industrial de Aratu, na região metropolitana de salvador.

Em Pernambuco, os incentivos favoreceram os municípios da região metropolitana do Recife, onde se concentram indústrias de material elétrico, mecânica, têxtil, cimento, além do pólo industrial e portuário do Suape.

Muitas indústrias migraram para o nordeste a exemplo da Vicunha (têxtil) e da Grendene (calçados) para o Ceará e da Ford (automotiva) para a Bahia

Sergipe

As atividades industriais surgiram em Sergipe no século XIX, a partir da introdução da indústria têxtil e modernização dos engenhos de açúcar.

No século XX inicia a implantação da indústria extrativo-mineral. Além disso, fez parte da política nacional de industrialização da década de 70, houve a instalação de distritos industriais em Aracaju, Estância e Propriá.

Em seguida o governo do Estado subsidiou a implantação de empreendimentos em outros municípios como Nossa Senhora do Socorro, Itaporanga e Lagarto.

A indústria extrativo-mineral é a mais importante, através da exploração do petróleo e do gás natural em Carmopolis, Riachuelo, Siriri, Japaratuba, Brejo Grande, Aracaju e Pirambu entre outros. A exploração é feita pela Petrobras e são exportados para a Bahia pelos oleodutos e gasodutos.

 O salgema e o Potássio são extraídos pela Vale em Rosário do Catete.

O Calcário também é extraído em Laranjeiras e Nossa Senhora do Socorro, onde estão instaladas indústrias de cimento, com produção destinada a exportação.

Um ramo de grande desenvolvimento em Sergipe é o da construção civil, que possui oferta de emprego para varias categorias de profissionais.

Maratá: É a 3ª maior empresa do Brasil na industrialização do café, sendo a maior torrefadora de capital 100% nacional, na exportação de sucos concentrados, na agropecuária e no segmento de embalagens plásticas e produção de Tabaco, dentre outras.

Possuem várias indústrias espacializadas no Estado de Sergipe nos municípios de Itaporanga D’ajuda (matriz), Lagarto, Estância.

Região Sudeste

A região sudeste é a mais desenvolvida industrialmente, esse desenvolvimento só foi possível graças à disponibilidade de capitais acumulado, proximidade de áreas fornecedoras de matérias-primas e grande mercado consumidor. Recentemente está acontecendo uma desconcentração industrial nesta região para o Nordeste via política de incentivos fiscais.

Possui indústrias: automobilística, petroquímica, de produtos químicos, alimentares, têxtil, metalurgia, entre outras.

Encontram-se várias empresas multinacionais que operam no setor automobilístico de máquinas e motores, petroquímicos e empresas governamentais que atuam nos setores da siderurgia.

O principal Estado dessa região é São Paulo, que possui todo tipo de indústria. No período que vai de 1907 a 1920 as indústrias começaram a se concentrar no Estado de São Paulo, tendo sua origem nos capitais da economia cafeeira. Em 1920, participava com mais de 30% do número de indústrias do país. Isso só foi possível, pois este reuniu os principais requisitos para o desenvolvimento dessa atividade: mão-de-obra assalariada imigrante;ferrovias que ligavam o interior ao porto de Santos;
o mercado consumidor que se formou na capital paulista e seus arredores a partir das migrações.

Está distribuída espacialmente em grandes eixos viários cortados pelas principais rodovias que ligam essa região ao resto do país:

Sistema Anchieta - Imigrantes ABCDM, até a Baixada Santista, grande pólo metalúrgico

Via Anhanguera- Rodovia dos Imigrantes, Campinas centro tecnológico, agroindústrias, calçados, cerâmica.

Via Dutra- destaques: CSN (companhia siderúrgica Nacional), indústrias bélicas.

Via Castelo Branco- centro têxtil de Sorocaba

O Rio de Janeiro é o segundo estado mais industrializado do Brasil, concentra suas atividades na extração do petróleo (bacia de Campos na plataforma continental), siderúrgico (Volta Redonda), químico e farmacêutico (Grande Rio). A área metropolitana do Rio de Janeiro, que envolve a Baixada Fluminense (Nova Iguaçu, Duque de Caxias, entre outras cidades) vem recebendo tanto investimentos nacionais quanto estrangeiros.

Minas Gerais teve seu desenvolvimento a partir da instalação da Fiat (Betim) em 1973 e da Mercedes-Benz (Juiz de Fora) em 1999 atraiu outras empresas para esse estado que ocupa o terceiro lugar entre os mais industrializados do país. Seus principais ramos industriais são o metalúrgico, o químico mecânico e o extrativo mineral, principalmente na região metropolitana de Belo Horizonte (Betim, Contagem), e o alimentício encontrado em várias regiões do estado, como nas cidades de Uberlândia, Uberaba, juiz de Fora, Guaxupé, entre outras. As reservas minerais (ferro, manganês) na região do Quadrilátero Ferrífero favoreceram a instalação de um complexo siderúrgico no Vale do Rio Doce, denominado Vale do Aço.

Espírito Santo é o estado menos industrializado da região, seu principal ramo industrial é o metalúrgico. A região metropolitana de Vitória concentra as atividades industriais. A cidade de Vila Velha, na área metropolitana de Vitória, concentra uma grande indústria alimentícia a exemplo da indústria Garoto.

Região Sul

Segunda mais industrializada teve seu desenvolvimento Favorecido pela estrutura agrária diferenciada e pela migração européia.

Rio Grande do Sul

     Tem o parque industrial mais dinâmico e diversificado da região. Os principais ramos industriais são o alimentício (vinho, frigoríficos), o de couro, o de calçados, o petroquímico, o automobilístico, o tabagista e o da construção civil.

 A área metropolitana de Porto Alegre e a cidade de Caxias do Sul formam a maior área industrial desse estado, concentrando cidades como São Leopoldo e Novo Hamburgo. Localizadas próximo a Caxias do Sul, Garibaldi e Bento Gonçalves estes os grandes municípios produtores de vinho do país.

Santa Catarina no Vale do Itajaí, onde estão as cidades de Blumenau e Itajaí, possui indústrias têxteis e de cristais, é a principal área industrial do estado. No entanto há diversos pólos industriais importantes, como Joinville (cerâmica), Siderópolis (carboquímicos), Concórdia (frigoríficos).

Paraná a região metropolitana de Curitiba é conhecido como o terceiro pólo automobilístico do país, depois do ABCDM paulista e de Betim, em Minas Gerais.
Empresas transnacionais, como a Audi, a Volkswagen, a Renault, a Volvo e a Chrysler, geraram milhares de novos empregos para o estado, o Paraná destaca-se também pelas indústrias de papel e celulose, de madeira e por aquelas ligadas à agroindústria, como as de alimentos e de fertilizantes.

Centro oeste

Os estabelecimentos industriais se concentram nas áreas que abrangem os municípios de Brasília, Goiânia, Campo Grande e Corumbá. Comporta parques industriais bem modestos, baseados na indústria de transformação ( química,cimento, alimentícia e de couro) e na extrativa (ferro e manganês no maciço do Urucum).